quinta-feira, 14 de maio de 2009

Bendito fardo!

Bendito fardo!

  Ó bendita pobreza material que não me permite comprar mais mazelas para o meu espírito; bendita é a doença que me proíbe, temporariamente, de continuar nos vícios até o meu fortalecimento para resisti-los; bendito sofrimento moral que me desperta para o entendimento da sua causa, fazendo-me mudar pela reforma intima. Deus não nos dá o fardo, apenas distribui de maneira dosada o que já é nosso para que consigamos carregar; se todas as nossas dívidas nos fossem cobradas de uma única vez, não aguentaríamos dar nem o primeiro passo para a redenção.

Julio Amandia

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